Ferramentas de gestão de vulnerabilidades
(Tempo de Leitura: 6 min.)

As ferramentas de gestão de vulnerabilidades são grandes aliadas do gerenciamento de riscos e indispensáveis na segurança da informação.

Elas vasculham redes, sistemas, dispositivos e websites em busca de falhas de segurança, detectando as principais brechas antes que um cibercriminoso possa explorá-las. 

Hoje, com a multiplicação dessas vulnerabilidades, a escolha das ferramentas e métodos corretos é ainda mais crítica para a defesa da informação e ativos das empresas.

Por isso, reunimos os principais tipos de ferramentas de gestão de vulnerabilidades para ajudar você na criação de um programa de segurança da informação e privacidade.

Siga a leitura e otimize sua gestão de riscos e ameaças. 

Por que usar ferramentas de gestão de vulnerabilidades

As ferramentas de gestão de vulnerabilidades são fundamentais para identificar as fraquezas e brechas dos sistemas o mais rápido possível — antes que os hackers o façam de forma maliciosa. 

Antes de conhecer esses recursos de segurança, vamos entender exatamente o que é uma vulnerabilidade, pela definição da CVE (Common Vulnerabilities and Exposures):

“Uma fraqueza na lógica computacional (isto é, no código) presente em componentes de software e hardware que, quando explorada, resulta em impactos negativos na confidencialidade, integridade ou disponibilidade.”

Ou seja: uma falha de segurança que pode expor um sistema a ciberataques e gerar grandes prejuízos para as empresas. 

De acordo com o relatório The State of Vulnerabilities in 2019, publicado pela Imperva, houve um aumento de 17,6% nas vulnerabilidades reportadas publicamente em 2019, em relação ao mesmo período do ano anterior. 

Gráfico de número de vulnerabilidades por ano do relatório The State of Vulnerabilities publicado pela Imperva

As principais falhas identificadas envolvem a injeção de códigos maliciosos, ataques de negação de serviço, RCE (Remote Code Execution) e também componentes terceiros como por exemplo plugins do WordPress. 

Naturalmente, nosso mundo hiperconectado de tecnologias que avançam em alta velocidade contribui com o aumento das vulnerabilidades nos sistemas.

Na realidade, elas são inevitáveis, pois sempre haverá falhas — daí a importância de prevenir violações com as ferramentas de gestão de vulnerabilidades.

Ferramentas de gestão de vulnerabilidades x planilhas 

Apesar da variedade de ferramentas de gestão de vulnerabilidades no mercado, há quem ainda prefira utilizar as tradicionais planilhas para organizar o processo.

No entanto, a simples listagem das vulnerabilidades encontradas em um software ou hardware não é suficiente para resolver o problema e gerenciar os riscos de forma eficiente.

Por isso, as ferramentas mais avançadas vão além da simples identificação das falhas e proporcionam uma gestão inteligente, que inclui definição do grau do risco de cada ativo de acordo com as características do negócio e atribuição de tarefas a partir de regras de automação pré-estabelecidas, para que analistas possam realizar ações de mitigação  e correções para proteger os ativos da empresa.

Com as planilhas, é muito mais difícil coordenar as etapas necessárias de identificação, análise, priorização, mitigação e correção de cada vulnerabilidade, além de manter a rastreabilidade em todo seu ciclo de vida.

Imagine, por exemplo, que uma planilha de vulnerabilidades de um determinado scanner  seja compartilhada com as áreas interessadas da empresa. Seria praticamente impossível que apenas com planilhas a equipe possa agir no que é prioridade de acordo com o que representa maior risco para os ativos da empresa. 

A quantidade e diversidade de ferramentas e fontes de dados para identificação de vulnerabilidades e riscos cibernéticos torna a resiliência e aumento de maturidade em segurança um desafio ainda maior. Como resultado, as equipes não conseguem definir a gravidade das vulnerabilidades, tampouco determinar quais devem ser tratadas primeiro.

Utilizando planilhas os gestores de segurança da informação, CSO (Chief Security Officer), e sua equipe gastam muitos dias na tentativa de consolidar essas fontes de informação em uma visão única que mostre a real situação do ambiente. Além de perder muito tempo logo as planilhas tornam-se obsoletas, não refletindo os riscos de segurança da informação prioritários. 

O uso de planilhas ainda causa diversos problemas como morosidade e ineficiência nos processos além da perda da integridade das informações. Entretanto, o principal impacto é no tempo de exposição à ameaças, que se torna muito maior do que poderia ser com uma gestão de segurança inteligente. 

Segundo um relatório da Tenable atacantes tem em média 7 dias para explorarem vulnerabilidades conhecidas antes mesmo que as equipes de segurança tenham conhecimento dessas falhas, sendo que 24% das vulnerabilidades analisadas estavam sendo ativamente exploradas por malware, ransomware ou exploit kits.

Programas de segurança cíclicos e sem continuidade baseados em planilhas não são eficientes nos tempos atuais, quando vulnerabilidades são descobertas e publicadas incessantemente e ataques e ameaças evoluem em um ritmo muito rápido

É preciso que os resultados de uma varredura de vulnerabilidades estejam disponíveis de forma facilmente consumível pelas equipes de segurança e com contexto de risco dos ativos do negócio. 

Vantagens de usar uma plataforma de gestão de vulnerabilidades

As principais vantagens de usar uma plataforma de gestão ao invés de planilhas são:

  • Centralização e integridade dos dados e da comunicação
  • Acompanhamento em tempo real das atualizações feitas
  • Notificações automatizadas
  • Gráficos e indicadores dinâmicos
  • Categorização e filtros
  • Facilidade de busca e visualização.

Assim é possível ter um processo rápido, automatizado e contínuo, conectando uma vulnerabilidade de alto risco à sua correção.

Além de executar as varreduras nas redes e sistemas, essas ferramentas identificam as ameaças com precisão, classificam seus riscos e conectam as falhas diretamente às soluções. Ao contrário das planilhas, que têm uma segurança de dados frágil, demandam preenchimento manual e ainda aumentam os riscos de erros e problemas de organização. 

3 tipos de ferramentas de gestão de vulnerabilidades

Agora que você está convencido sobre a importância das ferramentas de gestão de vulnerabilidades, vamos conhecer algumas categorias do mercado. Veja quais são os principais tipos de ferramentas e plataformas.

1. Scanners de vulnerabilidades

O scanner de vulnerabilidades é uma ferramenta necessária para o processo de gestão de risco em TI, que permite realizar a varredura na rede e sistemas em busca de falhas de segurança.

Essas ferramentas são capazes de detectar brechas conhecidas com base em uma biblioteca de CVEs (Common Vulnerabilities and Exposures ou Vulnerabilidades e Exposições Comuns) e assinaturas de verificação, semelhante a um anti-vírus, porém com outro foco.

As vulnerabilidades abrangem problemas ou má configuração em uma série de elementos: nos serviços oferecidos pelo servidor (FTP, SSH, HTTP, DNS, etc), no sistema operacional, na qualidade do código executado por alguma aplicação Web, problemas de criptografia, acesso a diretórios restritos, validação de dados ineficiente, etc. 

Hoje, existem inúmeros scanners de vulnerabilidades disponíveis no mercado com diferentes finalidades e profundidades que fazem a avaliação de infra-estrutura, sistemas operacionais, aplicações Web, APIs, containers, cloud, entre outros.

Podemos citar, por exemplo, o Nessus Professional, OpenVAS, Qualys, entre outros.

2. Ferramentas para testes de invasão

Existe uma categoria de ferramentas que ajudam na execução de testes de invasão (pentest ou testes de penetração) e que também oferecem recursos para a gestão de vulnerabilidades.

Os testes de invasão são normalmente executados por hackers éticos e auditores para simular a ação de um cibercriminoso, buscando brechas na rede e gerando relatórios completos sobre as falhas de segurança do sistema. 

Para auxiliar nesse processo, há ferramentas e frameworks que automatizam parte do processo, mapeiam tráfego e vulnerabilidades em aplicativos, dispositivos, navegadores, softwares e redes, além de recursos que simulam os mais diversos ciberataques (malwares, phishing, força bruta, fuzzing, etc.).

Alguns exemplos são a Vulnerability Manager Plus, Metasploit, Faraday e Burp Suite

3. Plataformas de gestão integrada 

Por fim, há uma categoria do mercado dedicada às plataformas de gestão integrada de riscos cibernéticos.

Essas soluções abrangem a gestão de vulnerabilidades e mais uma série de funções e módulos que oferecem uma visão completa do programa de segurança de informação da empresa e facilitam o processo de gestão de segurança com contexto e automação.

Seu objetivo é centralizar todas as tarefas no mesmo sistema, incluindo gerenciamento de ameaças, criação de dashboards, automatização de scans e tarefas repetitivas, análise de conformidade, avaliação de fornecedores, etc. 

Além disso, essas plataformas costumam se integrar perfeitamente às principais ferramentas de gestão de vulnerabilidades do mercado, ampliando o campo de visão da equipe para diagnosticar a saúde real do ambiente. 

O melhor exemplo dessa categoria é a GAT (Get Ahead of Threats ou Esteja à Frente das Ameaças), uma plataforma completa para gestão integrada de risco cibernético e conformidade.

Baseada no tripé do gerenciamento, rastreabilidade e orquestração, a solução centraliza todos os procedimentos, conformidades, checklists e integrações necessárias, eliminando a utilização de planilhas e sistemas manuais ultrapassados.

Com GAT nossos clientes já alcançaram resultados expressivos como 94% de redução do tempo de exposição a ameaças e 55% de aumento de produtividade dos analistas. 

Para entender melhor como a plataforma GAT pode trazer resultados similares à sua empresa, solicite uma demonstração e conheça a dinâmica das plataformas integradas. Assim, você terá mais visibilidade dos riscos e poderá otimizar processos com foco nos objetivos do negócio, atendimento de SLAs e centralização de dados para ir além das funções básicas das ferramentas de gestão de vulnerabilidades.

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